Lembras-te daquela tarde? Eu estava a cuscar as tuas fotografias, maioria de futebol, e tu feito maluco a cantar esta música.

Corres-te para o quarto do teu irmão e ligas-te para lá qualquer coisa. Aquelas colunas enormes projectaram o som para toda a casa, a tua pequena casa.

Voltas-te para o quarto e cantas-te esta música para mim, lembro-me de gozar imenso contigo pois o teu inglês é do pior que há, do pior mesmo.

Mas a tua má pronuncia e a tua má voz não estragaram o momento, ali eu conhecia-te, ali estavas a ser tu mesmo, eu sei. Não me venham cá dizer que não te conheco porque sei que não estavas a fazer teatro. Eras tu próprio, foi por aquele, aparentemente, «doido varrido» que me apaixonei. E como eu sinto a falta dele.