Como serão as coisas quando não estivermos juntos? Quero dizer, isto já não é um namoro de dois meses. Nós conhecemos a família um do outro. Nós trocamos todo o tipo de caricias. Fazemos todo o tipo de coisas. Estamos tão ligados. Conheço-te tão bem. Os teus suspiros de satisfação antes de adormeceres, abraçado a mim. Adoro o facto de não caberes na minha caminha. Quando estamos assim meio adormecidos, no quarto quase-escuro, dou por mim a olhar-te. Penso nos tempos em que não pertencia-mos um ao outro, dá-me saudades. Ás vezes sinto saudades de ser solteira, daquelas coisas boas. De poder falar com quem quisesse, de me sentir interessante por parte diferentes pessoas. Mas, olho-te mais uma vez, como é que sou capaz de pensar assim? Contigo... Oh como é que eu posso pensar assim, que cruel. Já te conheço tão bem. Tenho dormido com a tua blusa, sujei-a de chocolate mas não te contei. Acho que não vai sair, ainda por cima é a do Portimonense. Mas eu tenho (quase) a certeza que quando descobrires me perdoas. Ah! Já agora, tenho vestida neste preciso momento a outra, a da Rip Curl, vá lá não te vais chatear. Afinal eu sou a tua menina não é, não consegues ficar chateado comigo. Eu adoro isso. Adoro quando me fazes festinhas me olhas com esses olhos super fechados mas tão carinhosos "És linda. És tão... não sei, és tão perfeita". Obrigada. Tu também és perfeito, à tua maneira, tal como eu sou à minha, certo. Abres os olhos, fecho os meus 'num piscar de olhos' literalmente. Percebo que também ficas a olhar para mim. Será que estás a pensar no mesmo que eu? Também sentes saudades? O beijo na testa é suficiente para perceber que me amas, obrigada outra vez. Eu amo-te. Não sei se é para sempre, também lá no fundo não quero que seja, temos mais para viver. Mas que seja infinito enquanto dure, certo? Fazes-me muito bem fofinho. Obrigada.